EU AMO VINIL

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Todos sabem que hoje temos inúmeras midias e formatos para curtir boas musicas, mas não existe nada igual a o velho e bom LP!







O Vinil, te ajuda a viajar no tempo recordar de momentos, e ler muita poesia boa. Sim, poesia! Quantos vinil´s que você possui que existem dedicatórias, poesias e pensamentos de pessoas que você nunca viu, e por ironia pararam em sua mão!







Vamos compartilhar idéias, vinil´s, e muita musica boa!!!



sexta-feira, 20 de agosto de 2010

ADEUS RAUL

Ola!!! Infelizmente na presente data faz 21 anos do SAUDOSO, RAUL SANTOS SEIXAS!!!  20/08/1989

Eu sei que determinada rua que eu já passei,



Não tornará a ouvir o som dos meus passos


Tem uma revista que eu guardo há muitos anos


E que nunca mais eu vou abrir


Cada vez que eu me despeço de uma pessoa


Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela ultima vez


A morte, surda, caminha ao meu lado


E eu não sei em que esquina ela vai me beijar


Com que rosto ela virá?


Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?


Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque


Na música que eu deixei para compor amanhã?


Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?


Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,


E que está em algum lugar me esperando


Embora eu ainda não a conheça?


Vou te encontrar vestida de cetim,


Pois em qualquer lugar esperas só por mim


E no teu beijo provar o gosto estranho


Que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar


Vem, mas demore a chegar.


Eu te detesto e amo morte, morte, morte


Que talvez seja o segredo desta vida


Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida


Qual será a forma da minha morte?


Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida?


Existem tantas... um acidente de carro.


O coração que se recusa abater no próximo minuto


A anestesia mal aplicada.


A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida


O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe


Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio...


Oh morte, tu que es tão forte,


Que matas o gato, o rato e o homem


Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar


Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva


E que a erva alimente outro homem como eu


Porque eu continuarei neste homem


Nos meus filhos, na palavra rude


Que eu disse para alguém que não gostava


E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite...


Vou te encontrar vestida de cetim,


Pois em qualquer lugar esperas só por mim


E no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar


Vem, mas demore a chegar.


Eu te detesto e amo morte, morte, morte


Que talvez seja o segredo desta vida


Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida

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